Notícia do ‘Estadão’ dá conta que oposição representará contra centrais

07/06/2010 15:44
Agência DIAP

 DEM e PSDB devem entrar com representação na Justiça Eleitoral contra as cinco centrais - Força Sindical, CUT, CGTB, CTB e Nova Central - que realizaram, na última terça-feira (1º), a 1ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), no Estádio do Pacaembu, em São Paulo

A campanha eleitoral de 2010 não será tranquila. Em geral, as campanhas são acirradas, mas esta em particular terá um componente mais agudo, que colocará a disputa num nível, talvez, jamais visto.

 

De um lado, o Governo tentará fazer prevalecer seu intento de renovar o projeto iniciado em 2002, com a vitória de Lula, e aprofundado com a reeleição em 2006.

De outro, a oposição terá de interromper esse processo, pois nova derrota em 2010 significará final de carreira para o presidenciável José Serra (PSDB) e o enfraquecimento dos partidos de oposição - PSDB, DEM e PPS - no cenário nacional.

Assim, Governo e oposição jogarão todas as fichas na eleição de 3 de outubro, a fim de que seus projetos não sucumbam.

Leia abaixo notícia que sintetiza o que vai ser a disputa eleitoral.
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DEM e PSDB estudam ações contra centrais sindicais

DEM e PSDB devem entrar com representação na Justiça Eleitoral contra as cinco centrais sindicais - Força, CUT, CGTB, CTB e Nova Central - que realizaram na última terça-feira (1º) a assembleia da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), no Estádio do Pacaembu, em São Paulo.

O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou que o caso já está sob análise do departamento jurídico da legenda. "Se é para cumprir nosso papel, nós vamos cumprir, mesmo que para eles não faça a menor diferença", disse, sobre os dirigentes sindicais que discursaram na Conclat.

"O desrespeito é diário e permanente", afirmou Maia. "Se voltaram a fazer dossiê (referência ao suposto dossiê contra o pré-candidato tucano José Serra), são capazes de fazer de tudo".

Na Conclat, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP), o Paulinho da Força, baixou o tom durante sua fala, temendo represálias da Justiça Eleitoral.

No dia anterior, em evento com movimentos sociais, havia chamado Serra de "um sujeito" capaz de gerar "conflito social" e tirar o direito dos trabalhadores.

Artur Henrique, presidente da CUT, que também havia atacado Serra um dia antes, falou na Conclat em "não permitir o retrocesso", referindo-se ao pré-candidato tucano. Em seguida, citou nominalmente Fernando Henrique Cardoso, com críticas à sua gestão na Presidência.

Além dos discursos dos presidentes, o evento todo, com quatro horas de duração e dezenas de pronunciamentos de dirigentes sindicais, foi permeado por falas incisivas em favor da petista Dilma Rousseff e rasgados elogios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em um vídeo, apresentado no telão do estádio, a menção à exploração do petróleo do pré-sal foi coberta por uma imagem de Lula. (Fonte: O Estado de S.Paulo)